Tive Covid e agora?

Quantas perguntas a gente se faz a toda hora para entender melhor o diabetes? Nem precisa começar a contar, senão você não vai nem ler a matéria. Muitas destes questionamentos nós fazemos o tempo todo e, por isso, sempre estamos atrás de respostas pra nós e para vocês.

Esse mês a lista está grande e esperamos que gostem das respostas que encontramos.

  • O que são as Diretrizes de Tratamento de Diabetes?
  • Como ajudar e sinalizar ações rápidas para quem está na tragédia de Petrópolis?
  • O que é o pâncreas artificial?
  • A linguagem importa no tratamento?
  • E como a criançada volta as aulas com um lanche saudável?

Além disso, uma delas foi uma pergunta que merece ainda mais atenção: E se tiver Covid-19?

Esse é o receio de milhões de pessoas, ainda mais para quem tem diabetes. Geraldo Fisher, integrante da equipe da Revista EmDiabetes,  passou por isso e divide esses momentos e como já está bem de novo. Detalhe, não só ele, mas nosso diretor de arte, que não tem diabetes – Celso Pupo – também passou e superou qualquer quadro grave por já tinha tomado as duas doses da vacina e mais a de reforço. 

Geraldo divide esse momento com vocês para auxiliar e compartilhar situações que todos nós estamos passando e tentando superar. 

Geraldo Fisher

A ansiedade e preocupação de ter Covid-19 tem acompanhado a vida de todo mundo, mas e na hora que isso acontece? Resolvi dividir isso com vocês como uma forma de desabafo e também para identificação de sintomas. Passou, estou bem e espero poder ajudar dividindo as preocupações e o alívio quando tudo passou.

Primeiros Sintomas

Percebi inicialmente variações bruscas na minha glicemia e certa resistência para corrigir hiper e hipos. Isso é algo que ocorre quando tenho alguma inflamação ou gripe. O corpo fica mais resistente à insulina o que causa mais hiper, mas resistência para corrigir uma hipo ainda não tinha acontecido. É o momento que preciso aumentar a quantidade de insulina basal para manter uma estabilidade glicêmica, conforme orientações da endocrinologista.

Então um amigo com quem estive três dias antes me fala que testou positivo para Covid. Era uma terça-feira e fui realizar o teste rápido na farmácia, que deu negativo.

A glicemia continuava muito instável e com dificuldades de correção, e eu não havia mudado hábitos alimentares. Isso foi o que mais me incomodou ao longo desses dias.

Na quarta-feira à noite minha esposa começou a sentir calafrios, dor no corpo e o apresentou um estado um pouco febril. Já na quinta de manhã ela testou positivo. Continuou com as dores de cabeça, no corpo e leve prostração por uns cinco dias, depois não teve mais nada.

Voltei para casa e na madrugada de quinta para sexta comecei a tossir muito, uma sensação da garganta arranhando como se fosse ficar inflamada. Então, na sexta de manhã resolvi fazer o teste e o resultado foi positivo.

A dor na garganta durou por três dias, piorando do segundo para o terceiro dia, quando senti um ardor sempre que engolia. A sensação parecia que a região estava queimada, tive sorte que não durou por muito tempo.

Já na segunda estava sem sintoma algum e mantive minha rotina de trabalho de casa ao longo da semana, retornando ao trabalho após 10 dias de isolamento. Mas durante este isolamento, e mesmo após, a glicemia continuou por mais alguns dias, demandando maior atenção.

Tudo passou, estou bem e dividir essa experiência com vocês está sendo importante pra mim e espero que possa ajudar de alguma forma a você, que também pode estar tão ansioso como eu.

Passou.