Depois de tudo, ainda temos Guerra

Primeiro foram dois anos de repensar, de batalhar contra uma doença que fez o mundo inteiro sofrer. Ao longo destes meses, procuramos também passar informações importantes sobre os posicionamentos da International Diabetes Federation quanto à problemas de fornecimento de medicamentos e vacinas. Agora, quando começamos a superar um momento tão difícil, vem uma guerra. Inexplicável. 

Mais uma catástrofe humanitária e estamos assistimos uma guerra transmitida pela TV, com racionamento de água e comida, pensamos: e quem tem diabetes? Como essas pessoas estão sobrevivendo?

Por esse motivo, estamos constantemente divulgando informações sobre os diversos documentos e ações realizadas para catástrofes e como tentar auxiliar pessoas com diabetes. A International Diabetes Federation vem expressando sua indignação unânime com a situação na Ucrânia e preocupação com as pessoas que vivem com diabetes, deslocadas como consequência da guerra não provocada.

Interrupção de atendimento

Em comunicado oficial no site da IDF, a entidade lembra que os “bombardeios na Ucrânia, incluindo os ataques a civis e o bombardeio de hospitais, interrompeu severamente o atendimento a pessoas com doenças crônicas, incluindo as mais de 2,3 milhões de pessoas que, segundo estimativas, viviam com diabetes no país antes da invasão”.

Com danos generalizados à infraestrutura, as pessoas enfrentam escassez de medicamentos ou dificuldades para chegar aos pontos de distribuição. Danos a instalações médicas estão prejudicando severamente a possibilidade de prestação de cuidados. 

Profissionais de saúde na Ucrânia, que trabalham para cuidar de pessoas com diabetes relataram fatos  perturbadores da situação atual. No rescaldo desta guerra, a estrutura de assistência médica terá de ser reconstruída.

A IDF lembra que aqueles forçados a fugir para salvar suas vidas precisarão de apoio contínuo nos países onde buscam refúgio. “Apelamos aos sistemas de saúde para que ajam rapidamente para garantir que os refugiados com diabetes recebam os cuidados de que precisam”. A entidade lembra da necessidade destas pessoas normalizarem sua glicose no sangue para se proteger contra as complicações debilitantes e com risco de vida do diabetes.

Desde o início da crise, a IDF Transnational Member Direct Relief mobilizou seus recursos para apoiar as necessidades médicas no país à medida que se tornam conhecidas. Desde 24 de fevereiro, a Direct Relief forneceu mais de 48 toneladas de ajuda médica à crise, com mais a caminho. Isso inclui medicamentos para diabetes e hipertensão e suprimentos para diabetes.

A Região Europa da IDF convocou todos os seus membros para se juntarem à rede Connect Solidarity para apoiar os refugiados ucranianos que vivem com diabetes em toda a Europa. Em sua primeira fase, a iniciativa visa apoiar os membros da IDF Europe que desejam ajudar associações em países vizinhos da Ucrânia com apoio, medicamentos, suprimentos, etc. 

Para mais informações, visite www.connectsolidarity.eu