Associação Americana de Diabetes (ADA, sigla em inglês) reduz as metas de Hemoglobina Glicada (HbA1c) para crianças com diabetes tipo 1.
Até recentemente, havia uma crença equivocada de que as flutuações da glicemia em crianças pré-púberes não causavam nenhuma complicação a longo prazo. No entanto, tem ficado cada vez mais evidente que isso não é verdade.
Uma revisão recente destacou evidências que mostram que níveis cronicamente elevados de glicose no sangue podem causar vários efeitos prejudiciais, incluindo desenvolvimento anormal do cérebro, aumento de problemas cardíacos (por exemplo, doenças cardíacas coronárias ou periféricas, acidente vascular cerebral), outras complicações relacionadas ao diabetes (por exemplo, nefropatia diabética, neuropatia e retinopatia ), e taxas de mortalidade em crianças e adolescentes com DM1. Todas essas são razões para um controle mais rígido da HbA1C entre esses pacientes.
Com base nisso, as Diretrizes da ADA de 2020, agora, recomendam que a maioria das crianças e pré-adolescentes com T1D deve se esforçar para atingir níveis menores do que 7% de HbA1C, ao invés de 7,5%, de acordo com suas diretrizes de 2019. Eles também oferecem orientações distintas para pacientes com outros fatores predisponentes ou estado de saúde.
De acordo com a orientação de 2020 da ADA, um alvo mais alto de A1C de <7,5% é recomendado para jovens que não conseguem lidar com os sintomas de hipoglicemia, ou que conseguem perceber esses sintomas e para aqueles que podem não ter acesso a insulinas análogas, ou que não podem monitorar a glicose no sangue (ou pelo sistema flash, como no caso do Freestyle Libre) regularmente.
Eles recomendam metas de A1C menos rigorosas (por exemplo, <8%) para crianças com histórico de hipoglicemia grave, comorbidades graves ou com expectativa de vida curta devido a outras condições clínicas pré-existentes.