Entenda melhor o que significa a Consulta Pública em relação à inclusão dos Inibidores do SGLT2 (Gliflozinas) no SUS. Atenção ao prazo, que termina dia 3 de fevereiro.
O que É e Objetivos
A CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) no SUS é um órgão de caráter permanente que faz parte dos regimentos do Ministério da Saúde e que tem por objetivo dar assessoria ao Ministério, quando é importante que o SUS incorpore novas tecnologias em saúde como novos medicamentos, bem como faça alteração de protocolos clínicos e diretrizes (guias) terapêuticos. E para promover a participação da sociedade nesta tomada de decisão, é realizada esta chamada “consulta pública”.
Porque os Inibidores do SGLT2 estão participando desta consulta pública
A maioria dos pacientes com diabetes atendidos no Brasil através do sistema único de saúde (SUS) apresentam controle glicêmico inadequado, sendo que cerca de 73% estão fora da meta do bom controle, ou seja, os níveis de Hemoglobina glicada (média das glicemias nos últimos 3 meses) estão mantidos altos, cerca de 8,6% ou mais.
O paciente com diabetes tem um risco duas a seis vezes maior de apresentar doença cardiovascular (CV) e mortalidade CV três vezes maior quando comparado com pacientes sem diabetes.
Medicamentos Orais
A empagliflozina e a dapagliflozina são as medicações avaliadas nesta consulta pública da CONITEC para que possam ser aprovadas e incorporadas pelo SUS. Elas pertencem a uma nova classe de medicamentos orais (inibidores do SGLT2) para o controle da hiperglicemia em pacientes com Diabetes tipo 2 (DM2). Atuam inibindo os chamados co-transportadores de sódio-glicose do túbulo renal, impedindo a reabsorção de glicose nos rins. Com isso, existe uma maior excreção de glicose na urina, controlando o diabetes e com outros efeitos benéficos também.
A classe dos iSGLT2 vem cada vez mais sendo indicadas em diretrizes das sociedades de diabetes e cardiologia brasileiras e internacionais como a primeira terapia a ser utilizada em associação à metformina, principalmente naqueles pacientes que já possuem doença CV ou insuficiência cardíaca prévia, ou doença renal leve a moderada.
A empagliflozina foi a primeira a demonstrar benefícios cardiovasculares dentro da classe das gliflozinas. Isto foi comprovado através dos resultados de um estudo conhecido pelo nome de EMPA-REG OUTCOME, que foi realizado com uma população de pacientes com DM2 com história de doença cardiovascular. A empagliflozina reduziu nestes pacientes o risco de morte cardiovascular em 38% e morte por todas as causas em 32% de forma muito precoce. Além disso, a empagliflozina demonstrou outros benefícios como redução do risco de hospitalização por insuficiência cardíaca (HIC) e redução da progressão da doença renal diabética.
Com relação a dapagliflozina, foi realizado também um grande estudo com pacientes DM2 com doença cardiovascular e vários fatores de risco, chamado DECLARE-TIMI 58. Os resultados mostraram diminuição no risco de desenvolver insuficiência cardíaca e de piora da função renal. Contudo, quando comparado ao estudo EMPA-REG, não houve redução significativa na mortalidade cardiovascular.
Importância do Controle Glicêmico
É muito importante oferecer medicamentos na rede pública de saúde que, além de controlar a glicemia, possa também diminuir o risco de morte cardiovascular, de insuficiência cardíaca e de evitar uma piora da função renal causada pelo diabetes.
Participe desta consulta pública através do link abaixo e ajude também a fazer a diferença com a aprovação e incorporação da empagliflozina e da dapagliflozina para o tratamento do diabetes no SUS:
Link do Formulário – clique aqui
Isto fará toda a diferença na história da vida de milhares de pacientes com diabetes tipo 2 no Brasil.