Cada um tem um ritmo diferente e nessa época de isolamento social essa dinâmica fica ainda mais complexa. Imagino que vocês estejam acompanhando as notícias diariamente sobre o novo coronavirus e a pandemia que mudou o mundo.
Enquanto a maioria consegue e precisa desconectar por mais tempo para poder respirar, pra nós – jornalistas – essa tarefa não é simples.
Meu ritmo de trabalho é intenso demais, onde recebo uns 300 emails por dia com boletins do Ministério da Saúde, do Governo do Estado, do Medscape, International Diabetes Federation. Além disso, são centenas de mensagens por vários canais de comunicação, redes sociais e médicos. Tenho que ler tudo o que posso e dá uma certa angústia não conseguir.
Não para por ai. Faço parte de vários grupos de jornalistas e a checagem de informações acontece o dia inteiro, além de avisos, interpretação de pronunciamentos e dados.
Esse é um momento crítico e precisamos checar checar checar e checar o dia inteiro sobre as pesquisas e boletins médicos. O que fazemos com tanta coisa? É preciso selecionar com muita calma porque criar pânico é um erro que não podemos cometer.
Confesso a vocês que ainda não consegui passar pela sensação de tempo ocioso, que muita gente está tendo que administrar. Meu momento é administrar a hora de me obrigar a parar, desligar o computador um pouco e deixar o telefone no mudo para poder descansar a cabeça e se recuperar para encarar mais informação. São 10 horas de trabalho de segunda a segunda.
Mas o melhor disso tudo é encontrar as boas notícias, ler artigos sobre pesquisas que podem encontrar a saída para esse momento que estamos passando. E ai, com segurança, dividir com vocês.
OS: a foto é real da minha mesa de trabalho.