Trinta segundos de um anúncio sobre diabetes provocaram uma cadeia de reações durante o jogo do Super Bowl nas redes sociais. Mensagens positivas e outras nem tanto acabaram gerando um enorme debate sobre o diabetes. Talvez os números destes segundos, que representaram o anúncio do Dexcom G6, possam ter tido quase o mesmo efeito do Dia Mundial do Diabetes, em novembro.
Isso porque o ator Nick Jones, que tem diabetes tipo 1, e uma figura cada vez mais atuante na defesa da causa, apresentou um novo monitor de glicose, o Dexcom G6, durante o jogo que mobiliza milhões de pessoas não só nos Estados Unidos, mas no mundo inteiro.
No vídeo – que está publicado no youtube e já que passou de 380 mil visualizações – Nick apresenta e faz a demonstração do produto e levanta um questionamento: Com tanta tecnologia disponível hoje, incluindo drones que entregam pacotes e carros autônomos,- por que as pessoas com diabetes ainda furam os dedos para testar o açúcar no sangue?
Vejam o vídeo – quando fechamos a edição no dia 14 de fevereiro o vídeo tinha 332 mil views e no dia seguinte os números já tinham pulado para 380 mil.
Monitorar o diabetes com aplicativos de celular sem picadas de dedo constantes não é uma novidade para quem acompanha os avanços no monitoramento do diabetes, mas o impacto do anúncio provocou um efeito bem diferente e muito mais forte. Será que não é hora das empresas repensarem em estratégias para chamar a atenção do assunto?
Avaliar as reações é importante para saber que alternativas podem ser feitas para que o diabetes não tenha destaque só em novembro, por ocasião do Dia Mundial do Diabetes.
No Twitter, muitas pessoas agradecendo a @NickJones por participar da defesa do diabetes tipo 1 e criou uma identificação muito grande com crianças e adolescentes. Outros perfis demonstraram reações duplas já que se por um lado existe a tecnologia para o monitoramento por outro não aprovaram o cerca de U$ 5 milhões no anúncio durante o Super Bowl.
Uma observação, também no Twitter, lembrou que é um equipamento não disponível para a maioria das pessoas pelo alto custo.
O debate que veio junto com a questão é saber quais as diferenças entre o que já existe no mercado e o novo produto.
Contra ou a favor, apresentar um produto para quem tem diabetes, durante uma competição com o alcance do Super Bowl, mostra que existem recursos tecnológicos que podem fazer a diferença no tratamento diabetes. Milhões de pessoas não conheciam a possibilidade que já é utilizada por tantas pessoas, mas agora sabem.