Há muito tempo que se discute as melhores formas de definir quem tem diversas doenças crônicas e como melhorar a comunicação entre paciente e profissional de saúde, nas chamadas DCNTs (Doenças Crônicas Não Transmissíveis).
É importante ressaltar que a linguagem vem passando por muitas mudanças, com a evolução e compreensão de conceitos, onde preconceito e estigma precisam ser avaliados.
Por isso, recentemente foi lançada a publicação Linguagem Importa, durante um evento online do Fórum DCNTs, onde foram comemorados os 100 anos da primeira aplicação de insulina bem sucedida em humanos.
A Live foi coordenada por Dr. Mark Barone, vice-presidente global da International Diabetes Federation (IDF) e coordenador geral do Fórum DCNTs. Participaram também a Dra. Hermelinda Pedrosa, diretora de Assuntos Governamentais da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), e Dr. Ronaldo José Pineda Wieselberg, diretor adjunto da ADJ Diabetes Brasil.
Vejam o documento e o evento online realizado pelo Fórum.
O guia Linguagem Importa! Foi resultado de uma parceria do Fórum DCNTs com 26 instituições e lideranças nacionais e internacionais dos setores público, privado e terceiro setor.
O tema é muito relevante e precisa ser tratado de forma inclusiva. Mark explica que o material tem o propósito de facilitar a comunicação entre profissionais de saúde e a população, evitando problemas de entendimento e melhorando o engajamento ao tratamento.
Como diz o documento, a comunicação é mais ampla do que só a seleção de palavras, e inclui entonação, velocidade do discurso, além de uma série de aspectos de comunicação não verbal. Todos são elementos que transportam mensagens. Ou seja, na área de doenças crônicas, por exemplo, vai de encontro às linhas de pensamento da educação em diabetes.
O livro que pode ser baixado neste link – Linguagem Importa! – tem 20 páginas, com atualização em diabetes. Existe, também, a preocupação de mencionar palavras do português, utilizadas há décadas, mas que caíram em desuso, por possuírem conotação preconceituosa, racista, homofóbica ou discriminatória. “Mais do que a evolução “natural” da língua, na área da saúde os ajustes acompanharam estudos sobre o efeito da comunicação na compreensão da mensagem pelos cidadãos”, diz o documento.
Na live, no vídeo a seguir, detalhes e observações importantes dos participantes do debate.