No ano de comemoração do centenário da descoberta da insulina feita por dois conhecidos pesquisadores canadenses, Banting e Best (1921), foi apresentado no Congresso da Associação Americana de Diabetes (ADA virtual – 10 a 13/06) uma novidade que, provavelmente, deixará o mundo com um novo motivo para comemorar.
A Diabetetology Ltd, uma empresa britânica, anunciou que sua insulina oral, Capsulin, completou uma importante fase de estudo de pesquisa com pacientes diabéticos tipo 2 recém diagnosticados.
A pesquisa apresentada mostrou que a formulação oral de Insulina pode alcançar mudanças estatisticamente significativas em vários parâmetros.
A dose alvo de apenas 150 UI (5 mg) por cápsula foi capaz de reduzir a HbA1c (hemoglobina glicada), e a glicose no sangue em jejum, além dos triglicerídeos, para os parâmetros recomendados, num período de apenas 12 semanas de tratamento sem nenhum ganho de peso corporal.
Os dados mostraram que quanto maior o nível inicial da HbA1c apresentado pelos pacientes, maior foi a resposta da Capsulin. Chegou a uma queda de 1,3% quando os níveis da hemoglobina estavam iguais ou maiores que 9%. Isto ocorreu em grupos de doses combinadas de 150 e 300 UI.
O fato desta nova apresentação de insulina, na forma de cápsula, poder estar disponível em breve, tem sido um objetivo para pesquisadores e pessoas com diabetes por muitas décadas.
Este estudo de fase 2b pareceu bastante promissor, segundo os cientistas, pois demonstrou que a Capsulin pode produzir efeitos de redução da glicose no sangue clinicamente significativos em pessoas com diabetes tipo 2 em estágio inicial.
Esses resultados foram recebidos por especialistas como uma nova esperança de um tratamento mais eficaz para milhões de pessoas que apresentam diabetes em todo o mundo.